terça-feira, 5 de abril de 2011

Aconteça o Que Acontecer

Porque as amizades, as verdadeiras sobretudo, são para o que der e vier. E cada vez mais me convenço que, venha o que vier, temos ambas um ombro amigo para oferecer uma à outra. Porque, aconteça o que acontecer, comigo ou contigo, eu tenho-te a ti, e tu a mim. Para chorar, rir, desabafar, ou estar simplesmente presente, temos um papel importante nas vidas uma da outra. E tu sabes que, qualquer coisa que acontece contigo, acontece comigo também, qualquer problema que a ti te afecte, afecta-me a mim também, magoa-me a mim também, entristece-me a mim também. Ainda que seja nesses momentos que mais necessitamos de apoio, há também que ter connosco alguém que ri quando nós rimos, que fica feliz quando nós ficamos e é também esse papel que desempenhas na minha vida assim como viso também desempenhar na tua. A vida atraiçoa-nos muitas vezes, e há que ter connosco quem nos console, quem torne esses maus momentos suportáveis, um pouco mais alegres, felizes até. E haja o que houver, aconteça o que acontecer, eu estou aqui. Estou aqui não só para rir contigo, ou até chorar, não só para tornar momentos que pensas não conseguir ultrapassar, em momentos que verás mais tarde como meros obstáculos, mas também porque sinto que, simplesmente, a tua presença, melhora tudo. E acredito que, não chorando ou rindo, não falando sequer, o facto de estar do teu lado, abraçar-te apenas, dar-te força, far-te-á mais forte e capaz de ultrapassar tudo. E estou também aqui porque, de facto, o amor e carinho que por ti tenho, leva a considerar-te mais que tudo. Mais que uma amiga, mais que uma melhor amiga, uma irmã. Irmã essa que protejo com tudo o que tenho, irmã essa que não suporto ver chorar, ou triste apenas. Porque, sinceramente, sinto-me na obrigação de te proteger. Por tudo o que passámos, tudo o que vivemos, tudo o que sofremos, sinto-me responsável por não te deixar ir a baixo quando mais parece que o vais fazer, responsável por te dar força quando necessitas e não a tens. Porque até sem chorares, a força falta-te, o olhar morre, a alma desgasta-se. E eu sei que, não apenas eu, mas todos os que te amam, conseguimos trazer de volta a rapariga que conhecemos. Rapariga essa que, mais uma vez, não só eu, mas todos, nos sentimos na obrigação de proteger e ajudar. Obrigação essa que de nada mais é fruto, a não ser de amor.

1 comentário: